Eficiência ambiental e energética, enquanto fator de sucesso para a internacionalização - Artigo Revista BOW by AEP

O aquecimento global, as alterações climáticas e a rutura dos recursos, apresentam-se como fatores de elevada criticidade, tornando-se premente mitigar os seus impactos, de forma a salvaguardar a própria sobrevivência da humanidade.

Testemunhamos diariamente sinais de roturas no planeta, geradoras de transformações socioeconómicas impactantes, que aceleram os processos de tomada de decisão nas organizações; quer face aos desafios que se lhes colocam em termos de capacidade de resposta; quer de afirmação de competitividade, tendo em conta a interdependência entre países e mercados.

Vivemos na Era Digital, com acesso a qualquer informação de forma instantânea; quer na ótica da procura; quer na ótica da oferta, acelerando a mudança nos modelos de negócios, decorrentes das mudanças do comportamento dos consumidores.

A pandemia Sars-Cov-2, mudou a forma de viver, com inúmeras mudanças societais, com impactos em todas as partes interessadas, validando as opções de política pública europeia e dos demais estados membros no domínio da transformação verde, digital e industrial.

Em contrapartida, as tecnologias digitais, representaram uma sólida alternativa para muitas tarefas, tendo-se intensificado o uso de ferramentas, plataformas e aplicativos tecnológicos de comunicação e prestação de serviços.

No que concerne ao ano de 2020, iniciou-se com expectativas altamente positivas, com cerca de 90% das empresas a enunciar perspetivas de crescimento (tanto no mercado nacional como internacional); contudo, com o aparecimento da pandemia os resultados passaram de 79% das empresas a esperar um crescimento da atividade internacional para, 60% das mesmas antecipar quedas na faturação.

Esta quebra acentuada foi resultado do fecho instantâneo das fronteiras entre os países que, por consequência, teve inúmeros impactos na atividade internacional como:

  • Diminuição na procura;
  • Grande dificuldade no acesso a matérias-primas e recurso, por força de limitações nas cadeias de transporte;
  • Aumento dos custos de transportes;
  • Dificuldade em manter a atividade produtiva e consequentes atrasos na produção;
  • Dificuldade de exportação para países fora da UE;
  • Aumento dos custos das matérias-primas e outros componentes;
  • Necessidade de encerrar escritórios e operações em mercados internacionais;
  • Cancelamento de eventos com potencias clientes e fornecedores;

Além disso, o problema é que, apesar da melhoria em certos países, face aos danos gerados pela pandemia, enquanto não se der a reabertura integral das fronteiras, a normalização das viagens internacionais e de ajuntamentos, a atividade internacional estará sempre condicionada.

Neste contexto, as empresas correm grandes riscos como:

  • A lenta recuperação dos mercados e dos clientes internacionais;
  • Intensificação das regras e políticas que condicionem os mercados onde a empresa opera;
  • Demora na recuperação do mercado nacional;
  • Dificuldades na tesouraria por força de quebra de atividades e de atrasos de recebimentos;
  • Incapacidade de investimento para inovar;
  • Aumento da concorrência global.

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